Entrevista publicada originalmente no site www.maisde50.com.br
A chegada da aposentadoria não significa, necessariamente, o fim da produtividade. A faixa etária com mais de 50 anos ainda tem garra e vontade para trabalhar. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), um em cada cinco trabalhadores tinha 50 anos ou mais. Especialistas no assunto afirmam a importância de fazer o que se gosta, e garantem, não é clichê.
Não há motivo para desespero. Quem busca voltar ao mercado de trabalho depois dos 50, 60 anos, precisa é de paciência. Especialista em orientação de carreira, o empresário Dino Mocsányi, afirma que o grande diferencial de um funcionário é a capacidade de solucionar problemas e de ter grandes ideias. “Para obter sucesso profissional, não importa a idade, mas sim, o grau de inovações que um indivíduo pode alcançar. E, consequentemente, oferecer à empresa para qual trabalha”, garante ele.
Num período conturbado para a economia, como o que estamos vivendo, o profissional de meia-idade pode ser um aliado, e a experiência pode contar pontos na hora da contratação. “Hoje em dia, com o ajuste que a economia atual está sofrendo, a experiência de uma pessoa de meia-idade conta bastante. Uma vez que em outros tempos, ela já vivenciou períodos em que a economia não estava muito bem”, afirma Mocsányi.
Estar em constante aprendizado também faz a diferença. “Decidido daquilo que gosta e quer fazer, o profissional deve estar sempre atualizado. A pessoa pode ter inúmeros conhecimentos, mas alguns já podem estar ultrapassados, e assim, não serem mais necessários. É preciso descartar aquilo que o mercado de trabalho já não busca mais”, ressalta ele.
Segundo o consultor, a combinação de três elementos básicos pode garantir o sucesso profissional de quem já passou dos 50. “O primeiro passo é identificar o que a pessoa sabe fazer em seguida, é procurar fazer o que ela gosta e, por último, buscar os segmentos em que existam chances reais de trabalho.” aconselha.
Mocsányi ratifica ainda, a importância de procurar uma atividade que mais agrade. “Nessa idade, o indivíduo já possui uma estrutura familiar estabilizada, não existe mais aquela preocupação em garantir o futuro. Para eles, o futuro começa agora”, finaliza.