Texto publicado originalmente em “Jornal Hora Exata” em 21/01/2016.
Nas últimas semanas do ano passado, vínhamos discutindo acerca dos conceitos ligados à economia aqui no site do Jornal Hora Exata. Tratamos de temas como a globalização, IDH, PIB e até manifestamos nossas preocupações em face do envelhecimento da sociedade e os meios de oferecer melhores condições de vida a essa população. Começamos por aqueles assuntos para demonstrar o quão a economia está presente em nossas vidas, seja no aspecto individual ou coletivo.
Porém, para que a matéria seja compreendida de uma forma mais abrangente, faz-se necessário o entendimento de seus fundamentos. E assim, hoje e nas próximas semanas trataremos de cada um desses aspectos, propondo uma reflexão a partir dos seus conceitos, definições e aplicações práticas. A economia é mais antiga do que se imagina. Começou a ser pensada a partir do momento em que produtos passaram a ser produzidos e a ideia de propriedade foi confabulada.
Está intimamente ligada ao fluxo de bens e serviços dentro de uma sociedade. Deriva da necessidade de se entender como os produtos ou serviços são produzidos e como ocorre o consumo desses itens. Os profissionais da área se preocupam em responder questões ligadas à produção, oferta, consumo e até a forma de aquisição por parte dos consumidores.
Suas informações são de grande importância para os profissionais de outras áreas, que por meio dos indicadores determinados pelos economistas, possibilitam as ações de mercado que serão realizadas pelas organizações em curto, médio e longo prazo. Administradores, engenheiros e os contadores fazem uso das informações para criarem panoramas e projeções sobre o futuro.
Como todas as atividades econômicas buscam a perenidade de suas propostas, ou seja, que perdurem pelo máximo de tempo possível, dentro de cenários fugazes, os dados emanados pelos estudiosos dão mais segurança aos gestores na hora deles realizarem seus investimentos e contribuirão para que os riscos sejam mitigados, e a maximização dos resultados seja factível.
O problema econômico decorre das necessidades humanas que são ilimitadas. Se por um lado as pessoas jamais terão suas necessidades e desejos plenamente atendidos, por outro, para satisfazer suas condições, os recursos são escassos. Por essa razão, é imperativo que as unidades compradoras planejem com bastante acuidade suas ações.
Unidades compradoras são compostas pelas famílias, as empresas e os governos que adquirem produtos e serviços para atender suas demandas internas. Por meio das suas rendas; que, por exemplo, nos casos das famílias derivam da oferta das suas mãos de obras; os produtos são comprados e assim, permitindo o ciclo econômico esperado.
Portanto, a responsabilidade do cientista econômico é a de monitorar essas relações de consumo visando e apontando medidas que levem a geração de empregos e o crescimento de todo o sistema. O ambiente econômico, em regra, é composto pelas UNIDADES PRODUTORAS e as UNIDADES COMPRADORAS. As unidades produtoras oferecem produtos e serviços que serão comprados pelas famílias, e estas oferecem suas mãos de obras em troca de salários, que serão utilizados pelas para a compra dos volumes ofertados.
Porém, é importante que se adicione a esta equação o governo que intervém, seja como o grande comprador, seja para coletar impostos. Em economias capitalistas; como é o caso do Brasil; a legislação permite aos privados a livre iniciativa e o exercício de atividades econômicas objetivando o lucro, e em contra partida, o Estado; para atender a coletividade; tributa as empresas sobre os resultados auferidos.
As instituições financeiras também têm interesse nesta dinâmica, de modo que em troca de juros sobre o capital cedido, injeta dinheiro no mercado por meio de empréstimos e financiamentos. Esse dinheiro é direcionado às empresas, para investimentos em suas atividades, operações, estruturas e também aos consumidores, para que possam adquirir bens e assim aquecer ainda mais essa relação.
Por essa razão, conhecer e identificar os conceitos econômicos contribui para que melhores decisões sejam tomadas no momento na hora de comprar um produto, reconhecer o melhor momento para fazer aquisições, e até mesmo para perceber que as ofertas de crédito são pertinentes e necessárias ou quando elas são abusivas. Essa sensibilidade permitirá que as pessoas possam maximizar suas finanças e otimizar seus rendimentos.
A matéria da próxima semana será a formação de preço no mercado e os critérios de decisão do consumidor.