A vida não é uma corrida de 100 metros rasos. É uma maratona. No mínimo uma caminhada. Uma longa caminhada. Aquele que corre afoito, com todo seu gás, talvez até consiga um resultado bom nas primeiras centenas de metros, mas não chega longe. Logo cansa, ou até perde o equilíbrio e cai, pois as pernas não agüentam.
Na empresa a coisa não é diferente. Ela existe para existir, para se perpetuar. Os que dela dependem mais querem, é que ela continue a existir. Claro que obter resultado é uma premissa, pois sem ele ela não sobrevive, mas o resultado é uma conseqüência, não uma razão de ser. Todos nós precisamos respirar para viver, mas nenhum de nós vive para respirar.
Viver, então, seja para uma pessoa ou empresa, significa, antes de qualquer coisa, entender porque existimos e como devemos caminhar. Principalmente se queremos chegar longe.
Olhando em retrospectiva para a vida de empresas bem sucedidas veremos, invariavelmente, que sempre o equilíbrio e o aprimoramento constantes estiveram presentes nestas histórias.
Equilíbrio entre o curto e o longo prazo, entre buscar resultado e garantir a perenidade, entre os interesses dos acionistas da empresa e o bem estar de todos os stakeholders, entre as metas e os valores e princípios, entre a ousadia e a consideração, entre a assertividade e a empatia, entre a visão e a prática etc.
Da mesma forma, o aprimoramento constante, o famoso Kaizen, é outra condição sine-qua-non para uma caminhada longeva. O hoje tem que ser melhor do que ontem e o amanhã, superar o fizemos hoje.
É a lei da vida. Se não, não tem graça.