Vem ocorrendo a diminuição do número de fumantes, segundo o Ministério da Saúde, entre 1989 e 2004, o consumo per capita de cigarros no país caiu 32%. Entretanto, o número de pessoas que possui esse vício no Brasil ainda é grande. Mas como combater esse mal?
A melhor forma de combater os problemas que o cigarro causa para a saúde física é mexer com outra saúde, a financeira, com o aumento no custo desse produto.
Esse ato deve partir do Governo, com o aumento da taxação de impostos nesse produto. Apesar dos impostos serem abusivos no país, nesse caso eles seriam um mal necessário, com o dinheiro extra conseguido sendo usado para investir na saúde e em novas políticas de combate ao tabagismo, com distribuição de medicamento para que as pessoas parem de fumar.
A conta é simples, se os impostos fizerem com que aumentem o valor do cigarro em R$3,00, um fumante que consome dois maços de cigarro por dia gastará a mais, por mês, R$180,00. Esse aumento de custo no orçamento mensal das pessoas com certeza fará com que muitos repensem sobre a importância de manter esse vício.
Infelizmente, com os preços atuais poucas pessoas se dão conta do risco financeiro que proporciona. É lógico que esse risco é muito menor do que os físicos, entretanto, não podemos negar que esse impacto reflita na economia diária do viciado e, aumentando o valor do produto, todos sentirão esse impacto.
Uma forma de vermos a importância de parar de fumar para a economia de uma pessoa é analisar que, com os preços atuais do cigarro, se uma pessoa consumidora de um maço por dia parar de fumar, economizar e investir esse valor (R$ 2,75) diariamente, ao final de 20 anos esta pessoa terá R$ 81.613,57 e ao fim de trinta anos terá R$ 288.334,54.
Isso sem que contemos os gastos que um fumante terá nesse período com problemas de saúde, ocasionado pelo cigarro, e da perda de rendimento no trabalho em função do cansaço que esse vício proporciona.
O ato de fumar não faz só com que o viciado perca dinheiro, o tabagismo gera uma perda mundial de 200 bilhões de dólares por ano, sendo que a metade dela ocorre nos países em desenvolvimento. Este valor, calculado pelo Banco Mundial, é o resultado da soma de vários fatores, como o tratamento das doenças relacionadas ao tabaco, mortes de cidadãos em idade produtiva, maior índice de aposentadorias precoces, aumento no índice de falta ao trabalho e menor rendimento produtivo.
Isso é, o cigarro também faz com que os governos tenham menos dinheiro para investir em outras áreas da saúde, o que garantiria uma maior longevidade à toda população.