Recentemente lancei um novo curso de educação financeira online e gratuito para quem quiser iniciar o caminho da educação financeira, e isso fez refletir qual é, realmente, a importância de cursos e palestras na vida das pessoas, já que vejo que as ofertas desses são frequentes e as pessoas se apegam a esses como sendo uma forma de mudar suas vidas.
Tanto para cursos mais técnicos, como nos relacionados à educação financeira é importante que os participantes saibam que a realização desses é apenas o primeiro passo para mudar ou evoluir a situação que se encontra, isto é, a relação com dinheiro depende da postura que a pessoa toma perante o mesmo, e isso depende só dela.
Como indivíduos temos que ver nossas características e a partir destas utilizar os conhecimentos adquiridos, assim, não adianta uma pessoa com perfil conservador para investimentos querer, de uma hora para outra, investir em ações de alto risco achando que terá grandes lucros, porque foi direcionada à isso em um evento. Na primeira oscilação negativa que as ações tiverem o investidor se assustará e sairá imediatamente do investimento.
Assim, o correto é que essa pessoa, além de realizar o curso, avaliar suas características e personalidade, fazendo com que a decisão por um tipo de aplicação seja consciente, diminuindo os riscos de insatisfação.
Já com educação financeira uma coisa que vejo com frequência são pessoas que fazem cursos e depois afirmam com a ‘boca cheia’: “fiz o curso e para mim não teve resultado nenhum”. Daí fica a pergunta, o que essa pessoa fez para que realmente tivesse resultado? Na maioria das vezes nada. O conceito da educação financeira passa necessariamente pela mudança de hábitos e costumes.
Sem objetivos claros, com os quais a pessoa realmente se identifique, não é possível inserir a educação financeira efetivamente, já que rapidamente se perderá o foco e voltará para os hábitos antigos de consumo.
Por isso que sempre trabalho, como um dos pilares para a educação financeira, o ato de sonhar, isto é, parar e refletir para o que se quer guardar dinheiro, definindo no mínimo três objetivos de curto, médio e longo prazo.
Enfim, com certeza os cursos são fundamentais, mas esses sempre devem ser acompanhados de uma autorreflexão, sabendo que, para isso, muitas vezes será necessário se romper com preceitos antigos.